Um soldado está numa guerra. Longe de sua casa, passa os dias em campanhas, percorrendo terras estranhas e obedecendo ordens. Seus únicos companheiros são guerreiros rudes. O homem está num campo de batalha. A cada amanhecer sabe que virá mais um dia de provação.
Em meio a esse cenário opressor, ele guarda algo que lhe dá forças. Um crucifixo que leva ao pescoço, dado pelo seu pai no dia em que partiu para a guerra, o qual segura com firmeza sempre que sente medo. Uma foto de sua família, sua mulher e seus filhos, que insiste em observar sempre que se sente desolado. Objetos, lembranças, que lhe dão coragem para continuar de cabeça erguida e não se deixar vencer pela guerra. Quando toca e olha esses objetos, mentaliza que está em outro lugar. É como se os objetos falassem: "Um dia você sairá desse lugar horrível, e, quando estiver livre, voltará para sua casa e poderá ser feliz junto deles". Ele pensa: "Tenho que lutar! Tenho que lutar, e sobreviver para um dia reencontrá-los. Aí vou descansar... e voltar a ser feliz. Tenho que lutar por eles."
Eventualmente, a guerra acaba. O soldado volta para casa. Finalmente está junto das pessoas em que tanto pensava, estão todas ao seu lado, mas, agora, passa os dias pensando: "Como será a minha próxima guerra?
Será que nós também agimos assim?
domingo, 24 de agosto de 2008
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
Reconhecimento ou Fama?
A fama é geralmente vista como algo bom para qualquer um. Ter "sucesso", prosperidade, ser conhecido e atrair olhares de muitos é o símbolo do crescimento, da felicidade e conquista, coisas tão desejadas... Naturalmente, qualquer um tem a necessidade de ser reconhecido (o que é diferente de ser conhecido), de se sentir importante e necessário.
Entretanto, a maioria acha que o reconhecimento é a fama. E a busca como se fosse algo necessário, sempre na avidez de ter mais, conquistar mais, ostentar mais. Tentam a todo custo alcançar o último estágio de conquista e prestígio.
Quem alcança esse estágio não é alguém que luta por ele. Luta, sim, para fazer sua parte e ajudar aos outros e à sociedade em detrimento de si mesmo. Preocupa-se em ser útil. Não se apressa em ter seus feitos conhecidos por todos e não procura no trabalho a motivação da sua vida, não o considera seu maior propósito, mas faz sua parte com a sociedade através dele.
Já alguém que quer ser notado e busca a própria fama, preocupa-se antes com seu sucesso, depois com o que pode fazer de útil. O Brasil (e o mundo) está cheio de gente assim... Pessoas que são conhecidas por serem "dotadas de uma surpreendente capacidade de obstinação", enriquecem, têm seu sucesso cobiçado. Pessoas que perseguem, com avidez (e com engano), a felicidade, que acham que é fruto de conquistas. Resumindo, querem "ser grandes". Continuarão a perseguir a felicidade indefinidamente, pois sempre vão estar querendo mais para si. E aí é como uma bola de neve: Quanto mais conseguem, mais descobrem que podem ter mais e, então, obstinam-se a perseguir mais e mais, alimentando sua ambição e nunca estando satisfeitos. Enquanto fazem isso, não se dão conta de que sua vida passa e eles não a vivem. Quando menos esperam, perdem o que foi dado a eles e o tempo toma sua juventude. Nessa perseguição incessante pelo último estágio de prestígio, não terão atingido nada mais que o último estágio da ambição.
Existe muita gente que não tem conhecimento de que existe algo a mais. São dotadas até de inteligência, talentos, potencial, mas não conhecem a fonte disso, não conhecem a Deus. Têm uma lacuna em suas vidas e simplesmente tentam preenchê-la com conquistas pessoais. Mas se alguém centra a sua vida, adquire um rumo para ela, passa a fazer tudo com um propósito que esteja além do próprio bem-estar, consegue a felicidade. Não se livra dos problemas ou dificuldades (pelo contrário, eles parecem se multiplicar), mas consegue lidar com eles se agir com sabedoria! Por isso a felicidade não é reconhecida: porque, vista de fora, parece trazer um mar de dificuldades. Mas pra quem consegue reconhecê-la...
Adquire sua honra, que é dada por Ele.
"A recompensa da humildade e do temor do Senhor são a riqueza, a honra e a vida." (Prov. 22.4)
"Na mão direita, a sabedoria lhe garante vida longa; na mão esquerda, riquezas e honra." (Prov. 3.16)
O reconhecimento não é algo a ser perseguido, como muitos acham, mas merecido.
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